À
Madalena Boavida,
Uma grande
mulher, uma enorme amiga.
Até um
dia!...
E a mente estagna todas as memórias
De forma límpida
Surdamente mordaz
Tudo
se consome na tarde
Na
partida do esquecimentoE na chegada dorida a outro palanque
Onde retornarão todas as recordações
A
amizade flutua
Tal
como o fazem as avesNo seu voo brando
Sentido ao de leve na frescura de cada horizonte
Como matizes vinculadas a todo o pensamento
A
colisão agita todos os sentires
E
expurga a bílis ardenteE amarga como fel
Fazendo-nos meditar sobre
A existência e seus devaneios
Numa razão desnatural
Embora verdadeira
Que consolida todos os desígnios
E
nós acreditamos
A
malignidade das coisas
As
reais e as adjacentesFicou cortada de vez
E o sofrimento adormeceu para sempre
Regressando todo o encanto da paz
Mas
custam tanto interiorizar
Estes
pressupostosQue filtram
Cada existência terrena
Talvez
um dia
Nos
voltaremos a entender
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