Imagem da net, em: www.trocadero.pt
Da candeia se apagam
as rédeas da visibilidade
e as gotas de petróleo secam seu desvario
numa acendalha descabida
onde outrora o azeite fazia sua escalada
Da
candeia se desfocam
as
imagens ternas e afagantesentre o denodo persistente do frio
e o pavio da concordância
que repele todas as máculas da tristeza breve
Da
candeia flamejante
pousada
no desvario da memóriase ungem os sentidos
através da tangente da sobrevivência
ante a espera do porvir
Da
candeia irradiante
o
calor único e a luz ténue metamorfoseiam
a palidez incandescente
de um passado nunca esquecido
Da
candeia velhinha
sobram
tantos pedaços de históriana simplicidade do seu manusear
entre as esferas da solidão
e a negrura de tantas noites
Pela
candeia sem luz
cresce
a escuridão do ocasona presença de tantos anseios
que aguardam ansiosamente
a claridade de um novo dia
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