sábado, 25 de janeiro de 2014

Carlos Carranca




Guitarra Lusitana

Guitarra, meu amor de raiz;
minha mulher encordoada…
Procuro o meu país
no teu corpo de mulher, imaginada.

Contigo subo na fragrância
de teus enlevos
de corsa. Frágil elegância
de tuas ancas nos meus dedos.

Guitarra, meu país por dedilhar!
Percorro-te nas cordas da loucura;
nas ânsias frágeis da dor.

Sinto-te nos dedos. Vamos namorar…
Estreito-te pela cintura.
Guitarra lusitana, meu amor!

Carlos Carranca, in “Coimbra à guitarra”, página 18, edições MinervaCoimbra, 2003.   

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