terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Além Tejo





Bailam
ternas madrugadas
nas searas do esplendor
por onde as papoilas
adormecem seu rubor.

Bailam
sonhadores luares
de tantos verões quentes
brindando com os vinhos
das castas mais salientes.

Bailam
sentidos cantes
das vozes mais sofridas
pelos fortes coros cantantes
nos caminhos de tantas vidas.

Bailam
inúmeras estrelas
no céu episódio do belo amor
abraçando vastos campos
que lhes dão o cheiro e a cor.

Bailam
múltiplas borboletas
asas princesas indiferentes
num gesto apelo à beleza
entre tantos concorrentes.

Baila
a majestosa natureza
resplendor de quantas vidas
ante o soberbo mistério
na mais sonora das cantigas.

 
António MR Martins

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