sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Labiríntica sementeira


Imagem da net, em: www.atnatureza.blogspot.com


Bate músculo a enxada na terra,
festival dorido da contemplação,
arremesso viril que tinge e berra…
denodo matreiro da compensação.

Semente fertilizada sem ter questão
altera moldes no tempo da espera,
recolhas dum outono, ou dum verão,
ansiadas desde cada primavera.

Nos solos se transformam as dádivas
resultantes, versus sangria humana,
nas paisagens serenas e impávidas.

Cortejar saliente da mente sana
fulgor na terra da semente grávida
entre menções que à alma profana.

António MR Martins








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