sábado, 15 de fevereiro de 2014

fragilidade de sermos


Imagem da net, em: www.comunidade.sol.pt



nesta insónia da vida
se revolta amiúde a minha existência

inculpado do nada que fiz
ante a desenfreada atribuição
num jáculo sem limites
sem quaisquer novices válidas
onde a atmosfera posterga
os condimentos receosos dos tempos

desta bravia náusea salobra
resta o acanhamento inconsistente
provido pela apetência
de tanto regalo proibido
onde os raios insolentes
devaneiam a consistência

nesta insónia perdida
vacila a incongruência do ser
num acabrunhar desesperante
onde a divisão não tem mear

nesta insónia consecutiva
o revoltante desgosto de nada acontecer
ante tanto sofrido flexionar

 
António MR Martins

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