sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Gonçalo Lobo Pinheiro


Gonçalo Lobo Pinheiro, foto disponibilizada pelo autor.




Al-hamma

O meu lugar é aqui,
Onde os caminhos se estreitam
E as calçadas gastas cantam o fado.
No beco o cheiro a sardinha,
No pátio a roupa pendurada nos estendais.
Consigo ser assim, pitoresco,
Quando percorro as tuas ruelas.
Para mim és muito, Alfama velhinha,
Lugar de tradições; sobranceira,
Onde a varina canta a tua história
E o marinheiro, já velho, perdura na memória.


Gonçalo Lobo Pinheiro, in “Etéreo”, página 31, edições Temas Originais, 2010.

Sem comentários: