terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Não há pão para as migalhas humanas


Imagem da net.




Soltam-se as migalhas
do pão perdido no tempo,
ressequido,
que ao travo consumido,
pelo mastigar rude,
traz o rijo sabor
de todas as amarguras.

Tanta migalha desperdiçada
a que as formigas não dão vazão,
no seu peculiar labor,
para se protegerem
de todos os invernos.

Por esse mundo fora…
tanto pedaço de gente
sem as migalhas que bastem.

Em todas as estações,
pelos meses fora,
todos os dias!...


António MR Martins

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