José Drummond, imagem da net.
[não sabes nada]
não sabes nada,
sabes apenas que tenho olhos rasgados,
e grandes,
e é só,
porque
tu
não sabes nada,
e até podia ser que
soubesses,
e que como defendes todo o tempo o amor
é eterno,
porque se suspende.
mas a verdade
é que não sabes nada
e nem sequer sobre o amor sabes tu alguma coisa.
não sabes nada,
se soubesses.
José Drummond, in “o exorcismo”, página 62, edições COD, Macau,
Setembro de 2017.
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