sexta-feira, 21 de agosto de 2009

As fontes de tantas vidas - Ao ilustre poeta Xavier Zarco

O poeta fala das fontes
Da sua vontade
E do anseio
Pela sua cidade
Mítico tesouro
Da universidade da vida
Centro de um universo histórico
Que lhe deu guarida

Num misto de sublimação
E história
Num retrato de euforia
E felicidade
Preservado pela sapiência
E pela memória
Em fantasia ao encontro
Da realidade

Realça a água que corre
Das fontes
A meias com o caminhar
Do Mondego
Dessa Coimbra entre serras
E montes
E do seu constante percurso
Para se alhear do degredo

Conflitos de gerações
Amores divinais
Das ilusões
E de todos os vitrais

Desse espólio
Dessas fontes de cristal
Do amor de Pedro e Inês sem igual
De Coimbra de Portugal

Do embalar da História
Do apogeu e da glória
De cultura com apego
De Santa Clara do seu aconchego

Quem faz um hino
Fá-lo por gosto
António MR Martins
foto de António Martins (junto à Fonte dos Amores, árvore secular, Coimbra - 15 de janeiro de 2008)

1 comentário:

Unknown disse...

Camarada,

Transcrevo o que deixei em comentário no Luso-Poemas.

Agradecer este poema, que me é dedicado, sabe-me a pouco, sobretudo porque ele é referente a algo que muito me diz: Santa Clara; e mais, a algo que só lhe posso dizer em privado, mas que está mais do que evidente nos signos que utiliza.

Por fim, mas não por último, a fantástica paráfrase que faz de um extraordinário poema da literatura portuguesa da autoria do Ary dos Santos: "A desfolhada". Um hino é mesmo um filho, um filho pródigo que sempre retorna quando a voz se eleva.

Um abraço
Xavier Zarco