quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Terra é sempre Terra!

Ainda há terra em minhas unhas
Onde arava a vida em verve!
Em brados de sonhos da alcunha
Da minha querida Baixa Verde
Ainda ouço o baque do balde no poço
E o trote dos burros mansos,
O crepitar da lenha cozinhando o almoço,
A rede no alpendre, embalando o descanso...
Mesmo quando algum dia, velhinha
Envolta em lembranças que me definham
Ainda terei seguro nas mãos, o sonho
Agasalhando meus ossos gelados
E erguendo meu olhar, já ignorado
Alçando vôo a procura de meu ninho!

Gladys F. Kogl "Maria verde"

1 comentário:

Anónimo disse...

Amei....

Parabéns...

Luiz Carvalho