Ainda há terra em minhas unhas
Onde arava a vida em verve!
Em brados de sonhos da alcunha
Da minha querida Baixa Verde
Ainda ouço o baque do balde no poço
E o trote dos burros mansos,
O crepitar da lenha cozinhando o almoço,
A rede no alpendre, embalando o descanso...
Mesmo quando algum dia, velhinha
Envolta em lembranças que me definham
Ainda terei seguro nas mãos, o sonho
Agasalhando meus ossos gelados
E erguendo meu olhar, já ignorado
Alçando vôo a procura de meu ninho!
Gladys F. Kogl "Maria verde"
1 comentário:
Amei....
Parabéns...
Luiz Carvalho
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