domingo, 16 de agosto de 2009

Resto de luz

É no tempo que nos resta
Que encontramos a vida
Aguarela cinzelada
No dourado solar
Escondido
Na lua prateada

Um labirinto caminho
Com becos cicatrizados
Espiral de horas
Promessas imaginárias
Erguem-se as pálpebras
Descalças
No fundo do túnel em breu
Um resto de luz
Espreita ao longe
Arranca no sangue
O grito agudo
Enraizado no desalento
Rasga o véu
Em busca da força divina
Tempo perdido
Agarrado no sussurro
Sem lamento…

Ana Coelho

Sem comentários: