Não, não perguntes se ainda te amo
Não se pergunta ao dia se quer o sol
À noite se quer a lua, à cama se quer lençol
Nessa cama em que por ti clamo
Assim como a folha precisa do ramo
Para balançar ao vento tal o rouxinol
Que canta uma melodia ao girassol
Que abre as pétalas onde derramo
A minha existência tentando colher
O amarelo aveludado das pétalas
Os matizes e a seiva que tento absorver
No néctar que busco em ti, em algumas
Poucas palavras, lágrimas brotadas
Sonhos suspensos, tantas curvas apertadas…
Antónia Ruivo "alentejana"
1 comentário:
belissimo versejar!
meus apalausos pelo talento!
beijos meus!
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