rasga que é papel, rasga que é verso,
rasga calvário acima, rasga calvário abaixo.
rasga e crucifica a paciência,
rasga tudo que a mentira virou ciência.
rasga a fictícia tempestade,
rasga que é álcool nas pernas e água a ferver.
rasga esse estalar de ossos,
rasga que não passa de arroto débil da mente.
rasga e tropeça no fragmento,
rasga e não choques ovos na alcova do jumento.
rasga tudo que são cólicas,
rasga a gargalhadinha de raiva que idiotice virou talento.
António Paiva
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