segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ó fragmentado corpo


Ó voz
Que não consente
O entoar duma canção

Ó mão
Que estás dormente
Não encontras a precisão

Ó braço
Que se move dolente
Não abraças o teu irmão

Ó coração
Que já não sente
O seu bater pela paixão

Ó boca
Do teu tamanho
Que já não beijas com perfeição

Ó mente
Do desencanto
Que não exultas como vulcão

Ó ouvido
Que não escutas
Pela deficiente audição

Ó pé
Que calcorreias
Sem o sentido da orientação


Ó ser
Que não te entendes
E entras em colisão
Responde
Agora ou nunca
E encontra a solução


António MR Martins
foto da net

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