segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dedilhando

No caule de uma flor
a mão que a empertiga;
onde um gesto de amor
adorna como espiga.

Aroma dos seus encantos
se envolve consonância
e aviltam tantos cantos
inspirados na fragrância.

E nesse dedilhar solto,
da mão que tanto acolhe
se esconde mar revolto.

Que em todos dedos tolhe
num manipular envolto
e tanto amor recolhe.


António MR Martins

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