quinta-feira, 27 de outubro de 2011

“Já não há pombas da paz”


Soltam-se as pombas bravias
com penas de múltiplas cores,
que estão da paz arredias
e propensas aos desamores.

Multiplicam-se entre jardins
e pelos espaços do mundo,
são criadas para outros fins
neste planeta moribundo.

Desencadeiam guerrilhas
e rumores sem mais sentido,
num declínio em que tudo jaz.

Lembram-nos algumas matilhas
onde nada é mais ouvido…
“Já não há mais pombas da paz!”


António MR Martins

imagem da net

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