É nas noites que me calo
e as palavras se sonham,
no passar do intervalo
da espera que as acolham.
É nos dias que mais escrevo
registos então sonhados,
com ternura as descrevo
em versos bem perfumados.
É no inspirar que medeia
os sons imaginários,
pelo sonhar acordado.
E nos termos trago ideia,
para os destinatários
ter poema determinado.
António MR Martins
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