quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Os carreiros dos desígnios


Por entre os vales do medo
Se acorrentam maleitas
Algo podres e sem cura

Pedaços das secas fontes
Onde não surgiram nascentes
E demais pretendentes

Há um fio da corrente
Que não seca o prazer
De continuar por diante

Mas o conflito da dor
Interioriza o mal
Sem outra solução

Há um valor atingido
Por mera coincidência
Entre os regos do vapor

Nada se tende a melhorar
Nas origens e destinos
Dos desígnios que vão surgindo

O pensamento se prende
Aos carreiros impuros
Que nos tolhem a mente

E o restrito concluir
Nos invade o âmago
Com tudo o que irá surgir


António MR Martins

Imagem na net.

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