O interrogatório
de Rosa Luxemburgo
durou apenas algumas horas. Ela sabia
tão bem como os seus carcereiros
que palavras ali já não existiam. Caída
na batalha
contra o nervo vital do Estado; banhada
em sangue
e quase sem sentidos,
Rosa,
frágil camarada,
pediu aos caçadores seus assassinos
agulha e linha. E, silenciosamente,
com uma pistola apontada à têmpora,
coseu a bainha da saia que se encontrava
descosida. Pouco depois
o cadáver
foi lançado à água.
Casimiro de Brito
1 comentário:
Um belo poema de um grande poeta!
Beijinhos
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