No sólido fulgor da ventura
onde os ânimos revoltam,
o espaço arde e perdura
entre os pruridos que se soltam.
A água aveluda o fogo
perante névoas de ar preso,
sobram as estrelas a quem rogo
só, estático e indefeso.
Na noite atento ao cintilar
das chamas algo adormecidas
afiro as ondas do teu louvor.
De esguelha luziu o teu pulsar
e se queimam as tuas feridas
renascendo celso tanto amor.
António MR Martins
2 comentários:
Excelente!!
Adorei o sentimento desses teus versos. Magico!
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