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Ai Abril,
Abril,
Abraço de
ouroEntre cravos vermelhos
A voz de um povo
Livre dos trapos velhos
Porta de novo, aberta
Alheia a tanta vaia
Uma nova descoberta
Pelo olhar de Salgueiro Maia
Ai Abril,
Abril,
Esperança
rendidaNum apelo à felicidade
Onde tanta, tanta vida
Custeou a liberdade
Eis um canto bem novo
Pleno de magia
Num caminhar do povo
Rumo à democracia
Ai Abril,
Abril,
Tua madrinha
a terra morenaPerante os soldados teus
O povo te acena
Antes e depois do adeus
Os sonhos se apetrecham
De sentidos e coerência
E as gentes tanto desejam
Depois da rude penitência
Ai Abril,
Abril,
Se esfuma o
caminharA cada dia que passa
Só te querem festejar
Como se fosses a farsa
Se engordam outros palcos
E rasteiros se alteiam
Depois de inúmeros percalços
Muito, ou mais, nos saqueiam
Ai Abril,
Abril,
Razão da
minha mágoaSentido da minha saudade
Como uma fonte sem água
E um país de inverdade
Mudem-se tantas sujeições
Que fragilizam um povo
Deixemo-nos de sermões
E renovemos Abril de novo
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