quinta-feira, 27 de junho de 2013

Olhos postos em ti


Na Ericeira...


Sangra-me a pele das mãos
e suam-me as entranhas
neste labor persistente
onde tudo se culmina

Verto tanto no teu cálice
pecúlio por demais sofrido
onde as marés deste mar
não têm seu destino cumprido

Alheio-me das difamações
lotaria de percalços
efémero sortilégio
onde tanto se desvirtua

Há uma esperança presente
nesta amálgama de rancores

Sempre te admirei
e tenho os olhos postos em ti

 
António MR Martins

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