tuas asas de mariposa
as tuas asas de mariposa
no ventre da noite,
pousando em mim
o teu voo transpirado, amado
eu sou apenas um rio
de sombras inteirasem cujas margens
o teu corpo se cala
depois do amor, em torpor
e o amanhecer é apenas
um tempo emudecidoque vigia o lugar
das palavras indecisas,
traduzidas em gemidos sussurrados,
fragmentos de uma
vontade de amar renascida,
incontida
In livro “Poemas à
flor da pele”, página 44, edições Editora O Liberal, Câmara de Lobos.
Sobre o livro:
Na presença de um elegante
livro, bem apresentado, bem orientado, com excelente imagem e com a implícita
boa dosagem de muito boa poesia, nos sobejam motivos para o endereçar como
contexto apelativo à leitura para todos quantos gostam de poesia. Escreve-nos o
autor no seu “Esboço de Entrada”: Aos
poetas/tudo se deve perdoar./Até os poemas”. Corroboro com essa genérica
alusão poética (no caso: [na vida]) e mais a evidencio
quando, como leitor, sustento o meu olhar, nesse contexto, por todas as páginas
desta obra, até ao seu final. Recomendo, obviamente, a sua aquisição para a
correspondente leitura, uma e outra vez e/ou quantas as vezes necessárias.
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