GASTÃO CRUZ
Diz-me
em que escarpa ou falésia
está
sepultado o pai da poesiae se as pedras que o cobrem
são xisto leve ou basalto pesado.
Revela-me em que penhasco
posso ver a génese dos poemas
que o tempo iletrado corroeu
e a nossa memória não enxerga.
Conta-me os segredos da verve
ou inicia-me no uso do estro
antes que o equinócio negro
resolva cancelar-me os sentidos.
Emanuel Lomelino, in “ Poetas que sou”, página 54, edições Lua de Marfim,
Janeiro de 2013.
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