ROTA
Quem me deixou aqui
Só
Perdido em alto mar
Sem timoneiro qualquer
nauta
Desnorteado navegante
incauta
Em épico trágico
naufragar?
Como nestas águas ainda
permanecer
Numa viagem que há
muito deixou de ser
Sem farol que destino
me venha indicar?
Como continuar esta
erma busca sem fim
Teimosamente à procura
de mim
Sem nunca jamais me
poder encontrar?
Paris, 15/12/1992
Rogério do Carmo, in “VAGAS”, página 191, Edição de Autor, Mafra, Maio de
2008.
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