sábado, 24 de outubro de 2015

Escasseia-nos a liberdade libertada no voo de uma ave


Imagem da net, em: www.ultradownloads.com.br



Solta ave
não passes de soslaio
nas terras de ninguém,
num prenhe deslumbramento
acompanhada das nuvens
da mais densa rebelião.

Ave só
não poises no desalento
e nos ramos despidos das árvores,
saltitando pela vez primeira
em intrépido desleixo
como se essa vez… fosse a última.

Única ave
não desenvolvas a saudade
no íntimo dos humanos,
que te observam pasmados…
ruídos da plena inveja
ante a sedução do teu voar.

Ave livre
leva o sonho com o teu voo,
foge do degredo rumo à vida…
que a nós, por cá, sonhando,
por breves ou longos minutos,
só nos acontecem pesadelos.

António MR Martins

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