segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Manuel C. Amor





12

 
“Ainda há ruas para a revolta do mundo”
Jorge de Sena

 

os sorrisos que na boca das mulheres
encostadas nas ombreiras
se abrem para distâncias maternais
são metais fundentes
imagens que não morrem
palavras inexequíveis de escrever
num corpo que já não é corpo

E não se trata
de diluir angústias
deslizar no esquecimento
muito menos tropeçar na vastidão dos mares

Manuel C. Amor, in “ Canto de Diáspora”, página 32, edições Temas Originais, Vozes de Angola / 1, 2013. 

Sem comentários: