José Gabriel Duarte, imagem na net.
CARTA DE AMOR
Se eu tivesse de escrever
uma carta de amor
não escreveria a palavra amor
nem amar
não falaria em ti
nem em mim
porque em amor
não há padrões
nem regras
nem ordem
o amor é ilógico
inusitado
tanto mais ardente
quanto menos pensado
tanto mais atraente
quanto menos ordenado.
Se eu tivesse de escrever
uma carta de amor
escreveria apenas
QUERO-TE
desde o princípio
até ao fim…
José
Gabriel Duarte, in “ O Tempo e o Verso”, página 45, edições Modocromia, Fevereiro
de 2017.
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