sábado, 24 de novembro de 2018

Não te quero mais Natal


Imagem da net.




Trazes a dor poeirenta da quimera
e cortes de sangue nos dedos da mão,
degredo vivido nas rugas da espera
as roupas desfeitas pelos sonhos-chão.

Lágrimas secas das fontes perdidas
malhas rasgadas pela fuga da fé,
tantas crenças de cristal esquecidas
ilusões levando tua vida à ré.

Trazes o pão ressequido sem sabor
o tempo onde perdeste o amor,
gestos sentidos de forma desigual.

Trazes tudo em ti sobrando nada
eis o dia-a-dia duma vida parada,
que jamais se lembra de querer Natal!

António MR Martins

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