quarta-feira, 3 de março de 2010

A morte é solitária

Na hora de sua morte
olhará para a janela.

Uma réstia de sol
a te cegar
Oscilará em sua pupila baça
e ainda mais ofuscada
do que foi sua vida.

E verá vultos
amofinados e constrangidos.

Quem te velará?
Os vultos da morfina?
Não haverá ninguém ao teu leito
com o sentimento coado.

E o seu coração ainda quente
a pulsar...
Pedindo mais vida
Sem ter onde buscar.

Gladys F. (Maria Verde)

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