Doce paladar,
canoa no rio;
num naufragar
a que me associo.
Ínfima esperança
em vida cheia,
clara bonança
na minha ameia.
Som divinal,
superior melodia;
dádiva celestial,
para mim magia.
Linguagem bela
de enorme valor,
da sua janela
esquece o rancor.
Assobiar lento,
majestoso cortejo;
como o alento
dum simples beijo.
Abraço fraterno,
aperto de mão;
um sorriso terno,
olhar de irmão.
Afectuoso carinho,
regaço de amiga;
brindar com vinho
Ou doar uma espiga.
O sangue dado…
um superior gesto,
um simples fado,
o agir lesto!...
Um único olhar,
o aliviar da dor;
impossível igualar
a palavra amor!...
António MR Martins
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