domingo, 31 de outubro de 2010
Chovem teus olhos fechados
Hoje subi aos céus,
águia de asas empenadas
pelo tempo da espera.
Hoje, porque chovia
a tua imagem no meu peito.
Cruzei-me com os ventos
que traziam os nossos momentos,
nos braços,
crianças órfãs
de duas aves que não têm chão
onde poisar.
Cruzei-me com os desejos
que ficaram no ar enquanto te lia.
Cruzei-me com o calor,
que recordava, do teu corpo enquanto poesia.
Hoje subi aos céus
de peito aberto para amar,
numa esperança, um tanto louca…
….de te encontrar.
Chove a chuva, chove o desejo, chove o tempo…
... chovem teus olhos fechados, no meu pensamento.
Vanda Paz
Palavra perdida
“Plágio ou morro agora”
Morro agora
Com a palavra que não foi escrita
Morro do nada
De uma morte não anunciada
Mas avisada
Morro temente
Pela palavra que não foi dita
Morro de morte abismada
Por ser prenunciada
Sem ter sido editada
Morro da morte que demora
Tal como a palavra se aflora
Mas não morro
De morte morrida
Não morro de efémera ferida
Morro da vida
Pela palavra que não foi definida
No mesmo sítio
Onde a palavra se encontra perdida
António MR Martins
Dedicado ao escritor e poeta amigo José Ilídio Torres, que morre inúmeras vezes pelo renascer da palavra
------------
imagem in http://coisasque-euvi.blogspot.com/ (na net)
Morro agora
Com a palavra que não foi escrita
Morro do nada
De uma morte não anunciada
Mas avisada
Morro temente
Pela palavra que não foi dita
Morro de morte abismada
Por ser prenunciada
Sem ter sido editada
Morro da morte que demora
Tal como a palavra se aflora
Mas não morro
De morte morrida
Não morro de efémera ferida
Morro da vida
Pela palavra que não foi definida
No mesmo sítio
Onde a palavra se encontra perdida
António MR Martins
Dedicado ao escritor e poeta amigo José Ilídio Torres, que morre inúmeras vezes pelo renascer da palavra
------------
imagem in http://coisasque-euvi.blogspot.com/ (na net)
sábado, 30 de outubro de 2010
Roubaram a palavra pela calada
Roubaram a palavra pela calada
Meteram-na num saco de juta
Venderam-na quase d'enfiada
A um qualquer filho da puta
Vestiam-se de pantomineiros
Havia gente da política disfarçada
Todos queriam trinta dinheiros
Pela liberdade que nos foi roubada
Os dias ficaram sem ela banais
Não podiam agora ser escritos
Os começos órfãos dos finais
Que por não poderem ser ditos
E lhes sobrarem dias iguais
Andavam os deuses quase aflitos
José Ilídio Torres
in livro " Os poemas não se servem frios" (página 6), edições Temas Originais
Meteram-na num saco de juta
Venderam-na quase d'enfiada
A um qualquer filho da puta
Vestiam-se de pantomineiros
Havia gente da política disfarçada
Todos queriam trinta dinheiros
Pela liberdade que nos foi roubada
Os dias ficaram sem ela banais
Não podiam agora ser escritos
Os começos órfãos dos finais
Que por não poderem ser ditos
E lhes sobrarem dias iguais
Andavam os deuses quase aflitos
José Ilídio Torres
in livro " Os poemas não se servem frios" (página 6), edições Temas Originais
Urge suprir dificuldades
Nessa esperança mungida
à luz vindoura, germinada,
onde desponta uma saída
para o reencontro da estrada.
Alimento de qualquer ego,
ansioso por boas novas…
a esse sortilégio me apego,
cantando as minhas trovas.
Regurgitar as incoerências
não nos leva a ponto algum.
Onde caminham as essências?
Reneguem-se as prepotências,
um por todos e todos por um,
definam assim as competências!...
António MR Martins
imagem in Fotosearch Banco de imagens - RF Royalty Free (na net)
à luz vindoura, germinada,
onde desponta uma saída
para o reencontro da estrada.
Alimento de qualquer ego,
ansioso por boas novas…
a esse sortilégio me apego,
cantando as minhas trovas.
Regurgitar as incoerências
não nos leva a ponto algum.
Onde caminham as essências?
Reneguem-se as prepotências,
um por todos e todos por um,
definam assim as competências!...
António MR Martins
imagem in Fotosearch Banco de imagens - RF Royalty Free (na net)
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
os cascos da D. Certinha
é fácil ver isto, ela tem cascos em vez de mãos e pés,
é fácil ver isto, os passos dela são certos na calçada,
é fácil, ter que a ver, lá isso é.
mais fácil ainda é comer da sua carne, é barata e acessível - no meu talho as costeletas estão com promoção.
todos dizem: que emoção! eu quero o seu coração!
Eu a sua mão!
Santos Almeida
A fuga do único prazer
Entoaram melodias
Em vozes de desencanto
Recorreram a feitiçarias
Para desanuviar o seu pranto
Foram trazidas à tona
As imagens já esquecidas
E o ser que já ressona
Vê-as às escondidas
É tempo de restaurar
Os campos do seu bem-estar
Pela chuva que neles cai
O seu sonho assim se esvai
Acordado do desalento
Busca então outro lugar
Na razão daquele momento
Onde se sente alagar
Já todas as melodias
Decidiram abalar
Ficou uma única música
Que não nos consegue alegrar
António MR Martins
Imagem in http://www.baixaki.com.br/ - Um dia de chuva em Paris.
Em vozes de desencanto
Recorreram a feitiçarias
Para desanuviar o seu pranto
Foram trazidas à tona
As imagens já esquecidas
E o ser que já ressona
Vê-as às escondidas
É tempo de restaurar
Os campos do seu bem-estar
Pela chuva que neles cai
O seu sonho assim se esvai
Acordado do desalento
Busca então outro lugar
Na razão daquele momento
Onde se sente alagar
Já todas as melodias
Decidiram abalar
Ficou uma única música
Que não nos consegue alegrar
António MR Martins
Imagem in http://www.baixaki.com.br/ - Um dia de chuva em Paris.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Um Sol de Meias-Luas
Na selva densa da minha solidão
Vejo-me nua, sem eira nem beira
Sou ilha deserta, mas mulher inteira
Submersa nas águas da desilusão
Soletro nomes que me vêm à mente
Na busca constante da identidade
Contra a amnésia procuro a verdade
Esqueci o passado vivo no presente
Vagueio sem memórias até me encontrar
Que espécie serei, mulher sem idade?
Ou poeta que vive sempre a sonhar?
Visto de alvoradas e versos de amor
Em mim um sol de meias-luas
Quem sabe o meu nome não é Leonor?
Fernanda Esteves
in livro "4 Folhas de 1 mesmo Trevo", edições Temas Originais
Vejo-me nua, sem eira nem beira
Sou ilha deserta, mas mulher inteira
Submersa nas águas da desilusão
Soletro nomes que me vêm à mente
Na busca constante da identidade
Contra a amnésia procuro a verdade
Esqueci o passado vivo no presente
Vagueio sem memórias até me encontrar
Que espécie serei, mulher sem idade?
Ou poeta que vive sempre a sonhar?
Visto de alvoradas e versos de amor
Em mim um sol de meias-luas
Quem sabe o meu nome não é Leonor?
Fernanda Esteves
in livro "4 Folhas de 1 mesmo Trevo", edições Temas Originais
Nota: Este é um romance que retrata factos de vidas, talvez fictícios, talvez não. Todavia há uma Leonor no seu conteúdo. Quem será ela? Há também poesia nesta obra, plena se sentires e sentimentos. Este é um livro que recomendo à leitura.
Quem se lixa é o mexilhão
Se amedrontam os incapazes
Pelas capazes formas
Se não toleram os eficazes
Pelas ineficazes normas
Se remendam os conceitos
Mesmo cheios de defeitos
Se imitam todos os jeitos
Como se fossem perfeitos
Se ultrajam os valores
Sem quaisquer pudores
Se rasgam cobertores
Esquecendo os seus amores
Se omitem as verdades
Em todas as realidades
Se enfurecem os doutores
Que depois levam louvores
Se esganam os perdidos
Por terem sido substituídos
Se esmeram os infractores
Por não se sentirem devedores
Os outros
Pagam tudo
Para não terem dissabores
António MR Martins
imagem in SoFood, RF Royalty Free, na net
Pelas capazes formas
Se não toleram os eficazes
Pelas ineficazes normas
Se remendam os conceitos
Mesmo cheios de defeitos
Se imitam todos os jeitos
Como se fossem perfeitos
Se ultrajam os valores
Sem quaisquer pudores
Se rasgam cobertores
Esquecendo os seus amores
Se omitem as verdades
Em todas as realidades
Se enfurecem os doutores
Que depois levam louvores
Se esganam os perdidos
Por terem sido substituídos
Se esmeram os infractores
Por não se sentirem devedores
Os outros
Pagam tudo
Para não terem dissabores
António MR Martins
imagem in SoFood, RF Royalty Free, na net
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Tu, não és ela mãe
…E depois, mãe, fui descobrindo
Que já não eras tu que eu sabia
Nem eras ela
Aquela que nunca amei
Perdi-me...
Reli as tuas cartas, mãe
Como um manual feito em liberdade
Num quarto esculpido
De sombras obrigatórias
Despido de luares
Não és tu, mãe, eu sei...
Mas os teus queixumes
Os teus receios
As tuas lágrimas
Que me caíam no rosto
Cercadas de prenúncios
Com quem ainda me cruzo
Afrontam-me a tua memória
Tu não és ela, mãe...
Vou deixar o sossego do tempo
Secar as lágrimas que ainda alimento
Manuela Fonseca
Que já não eras tu que eu sabia
Nem eras ela
Aquela que nunca amei
Perdi-me...
Reli as tuas cartas, mãe
Como um manual feito em liberdade
Num quarto esculpido
De sombras obrigatórias
Despido de luares
Não és tu, mãe, eu sei...
Mas os teus queixumes
Os teus receios
As tuas lágrimas
Que me caíam no rosto
Cercadas de prenúncios
Com quem ainda me cruzo
Afrontam-me a tua memória
Tu não és ela, mãe...
Vou deixar o sossego do tempo
Secar as lágrimas que ainda alimento
Manuela Fonseca
Meu poema, publicado na edição do jornal "Hoje Macau", de 27 de Outubro de 2010
Na edição nº. 2238 do jornal "Hoje Macau", na rubrica Raio [X] (na habitual página 13), foi publicado o meu terceiro poema neste diário macaense, em língua portuguesa.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
ODE
Escrevem os pés
quando andam
pelo asfalto
árvores escondidas
entre o betão choram
lágrimas festivas
silêncio não existente
é atingido
por uma flecha
cristalizada
a vida encontra
por
alguns minutos
a resposta para
a avisada morte
e
os pés sorriem
por terem encontrado
outra finalidade
Maria do Rosário Loures
in livro "Atlantikblau und Olivengrün" (Do Atlântico Azul ao Verde das Oliveiras), edição bilingue, com a chancela Edium Editores
quando andam
pelo asfalto
árvores escondidas
entre o betão choram
lágrimas festivas
silêncio não existente
é atingido
por uma flecha
cristalizada
a vida encontra
por
alguns minutos
a resposta para
a avisada morte
e
os pés sorriem
por terem encontrado
outra finalidade
Maria do Rosário Loures
in livro "Atlantikblau und Olivengrün" (Do Atlântico Azul ao Verde das Oliveiras), edição bilingue, com a chancela Edium Editores
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Mais um meu poema publicado no jornal macaense "Hoje Macau"
Mais um poema meu foi publicado no jornal macaense "Hoje Macau", na sua rubrica Raio [X], na habitual página 13. Foi na edição nº. 2231, de 18 de Outubro de 2010.
Mais um grato momento.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
A razão do tempo...
O tempo!!! O que é o tempo?
Será que é eternidade,
ou apenas um momento
pequeno sem ter idade...
O tempo é como o vento,
passa em sua velocidade...
Para quem não estiver atento,
se perde na imensidade...
São momentos sucessivos,
de modéstia ou de vaidade,
de dor ou de felicidade...
Sentimentos permissivos,
que em sua sucessão
fazem do tempo a razão...
António Boavida Pinheiro
in livro "Poemas ao correr da pena...", edições Temas Originais
Será que é eternidade,
ou apenas um momento
pequeno sem ter idade...
O tempo é como o vento,
passa em sua velocidade...
Para quem não estiver atento,
se perde na imensidade...
São momentos sucessivos,
de modéstia ou de vaidade,
de dor ou de felicidade...
Sentimentos permissivos,
que em sua sucessão
fazem do tempo a razão...
António Boavida Pinheiro
in livro "Poemas ao correr da pena...", edições Temas Originais
beirais
o grão
que a asa
culmina
se vislumbra
na ave
cantada pelo bico
a melodia
temperadora
um cismar
esvoaçante
que nesse voar
se grave
num voo
sem adoçante
António MR Martins
imagem in http://www.barrento.com/ (Andorinha-dos-beirais), na net
que a asa
culmina
se vislumbra
na ave
cantada pelo bico
a melodia
temperadora
um cismar
esvoaçante
que nesse voar
se grave
num voo
sem adoçante
António MR Martins
imagem in http://www.barrento.com/ (Andorinha-dos-beirais), na net
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Heth
Jerusalém despida,
a prostituta que serve e suspira,
é desprezada pelos que a honraram
com as mãos lúbricas
e públicas carícias.
Abre as coxas cidade instável!
Que o aloendro arome e o mel escorra
em todos os que te tocam.
Jacob Kruz
in livro "Breviário Lamentoso", edições Temas Originais
a prostituta que serve e suspira,
é desprezada pelos que a honraram
com as mãos lúbricas
e públicas carícias.
Abre as coxas cidade instável!
Que o aloendro arome e o mel escorra
em todos os que te tocam.
Jacob Kruz
in livro "Breviário Lamentoso", edições Temas Originais
helicópteros
pela hélice
do helicóptero
se desvanece o perdido
voam os desperdícios
pela aterragem soberba
as aves
se afastam
num assustado voo
todo
o resto fica
em permanência
ao levantar voo
sucede o inverso
mas nada fica
como antes
António MR Martins
imagem in http://galeria.wintech.com.pt/ (na net)
do helicóptero
se desvanece o perdido
voam os desperdícios
pela aterragem soberba
as aves
se afastam
num assustado voo
todo
o resto fica
em permanência
ao levantar voo
sucede o inverso
mas nada fica
como antes
António MR Martins
imagem in http://galeria.wintech.com.pt/ (na net)
Flores do Silêncio
Diante de tantos silêncios
Brotou no meio do meu peito
Um pé fresco de saudades
Semeado de um verso mudo
Que sem querer você plantou...
Na ausência de poemas
Aproveitei as lágrimas
Com elas molhei a argila
Fiz uma coroa marrom
Para as flores das saudades.
Betha M. Costa
Brotou no meio do meu peito
Um pé fresco de saudades
Semeado de um verso mudo
Que sem querer você plantou...
Na ausência de poemas
Aproveitei as lágrimas
Com elas molhei a argila
Fiz uma coroa marrom
Para as flores das saudades.
Betha M. Costa
Inalcançável espera
Há um pedaço de mim,
perdido na amargura do quotidiano.
Um estado de não sentir…
os traumas que me invadem o ânimo.
Há a razão que não se entende
neste intrépido reboliço do meditar.
Um raiar diferente, do comum,
neste desconsolo tornado tão presente.
Há um ponto de luz…
do qual não encontro o paradeiro.
Um passo jamais dado,
na paragem de todos os sentidos.
Há a esperança!… A esperança?…
mas essa há sempre…
na existência de cada ser humano.
Só que,
muitas vezes,
não se consegue alcançar!...
António MR Martins
imagem in WestEnd61, RF Royalty Free, na net
perdido na amargura do quotidiano.
Um estado de não sentir…
os traumas que me invadem o ânimo.
Há a razão que não se entende
neste intrépido reboliço do meditar.
Um raiar diferente, do comum,
neste desconsolo tornado tão presente.
Há um ponto de luz…
do qual não encontro o paradeiro.
Um passo jamais dado,
na paragem de todos os sentidos.
Há a esperança!… A esperança?…
mas essa há sempre…
na existência de cada ser humano.
Só que,
muitas vezes,
não se consegue alcançar!...
António MR Martins
imagem in WestEnd61, RF Royalty Free, na net
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
FRAGMENTOS DE MIM - A MENDIGA
A MENDIGA
Me entristeceu,
Aquela linda rapariga
Que hoje vi, feita mendiga
Pedindo esmola em plena rua.
Tão jovem, talvez pura...
Teve sonhos, certamente
E agora sua vida é tão nua!
O que aconteceu à sorte sua
Que à lama foi arremessada,
E sem saber, tão malfadada ?
A sua luz agora é um deserto,
A cama, o canto escuro que estiver mais perto,
O único calor que recebe, é o da lua...
Na vida não terá nada mais certo,
Senão a negra sina,
Cuja dôr não se atenua !
Lita Lisboa
Me entristeceu,
Aquela linda rapariga
Que hoje vi, feita mendiga
Pedindo esmola em plena rua.
Tão jovem, talvez pura...
Teve sonhos, certamente
E agora sua vida é tão nua!
O que aconteceu à sorte sua
Que à lama foi arremessada,
E sem saber, tão malfadada ?
A sua luz agora é um deserto,
A cama, o canto escuro que estiver mais perto,
O único calor que recebe, é o da lua...
Na vida não terá nada mais certo,
Senão a negra sina,
Cuja dôr não se atenua !
Lita Lisboa
domingo, 10 de outubro de 2010
Um meu poema publicado no jornal macaense (emitido em língua portuguesa) "Hoje Macau"
Este poema foi publicado no jornal diário "Hoje Macau", oriundo do território de Macau (China), na sua edição de 6 de de Outubro de 2010, nº. 2223, na sua rubrica Raio [X], página 13.
Enviei três dos meus poemas, por mail, ao jornal com esse propósito e responderam-me, pela mesma via (na véspera), que este iria ser publicado e os restantes ficavam agendados, para o mesmo efeito.
Foi um prazer enorme, até porque este jornal é onde o meu filho, Gonçalo Lobo Pinheiro, está a trabalhar e ele não tinha conhecimento desta minha acção. Só depois da informação do redactor em questão, lhe dei a informação. Facto que ele muito gostou.
Resta indicar que houve um pequeno lapso na transcrição do título (nome) do poema, que é "Viver a vida morrendo de amor", mas não faz mal. Foi um bom momento no meio das tristezas que amiúde vão surgindo.
Quer se queira, ou não, é uma internacionalização.
Fica aqui o respectivo registo.
sábado, 9 de outubro de 2010
Canto
Canto o amor com sílabas de sol.
Deixo que o som das palavras de misture com as notas da pauta da vida e canto em conjunto com as estrelas.
Canto o brilho da saudade que ignora a razão mas aperta o meu coração e deixa livre a minha dor de te ver partir.
Deixo que os teus braços permaneçam presos á minha ilusão e canto o nosso amor para não te ver fugir.
Não amor não fujas, porque eu canto o teu rosto que sinto suave colado ao meu porque eu deixo pintar o segredo que a nossa Lua escondeu.
Canto ao Mundo este amor profundo,
Canto em silêncio este amor ao Mundo.
Deixo os teus olhos serem testemunhas da minha boca, Deixo o teu respirar ser o meu arfar. Por isso te canto, por ti suspiro, por isso te quero, por ti eu sinto, por isso te escrevo, porque te pinto, por isso aprendo, para isso sofro, por isso choro porque te observo, por isso te adoro, por isso fecho os olhos e me deixo ser só para ti.
Canto de ti para ti e sobre ti.
Canto para te fazer feliz, canto para te despertar, para te acordar, para te amar porque me fazes sonhar, canto só para te dizer que me fazes feliz.
Ana Lopes
ESTA É A MINHA 400ª. POSTAGEM NESTE BLOGUE "POESIA-AVULSA".
Deixo que o som das palavras de misture com as notas da pauta da vida e canto em conjunto com as estrelas.
Canto o brilho da saudade que ignora a razão mas aperta o meu coração e deixa livre a minha dor de te ver partir.
Deixo que os teus braços permaneçam presos á minha ilusão e canto o nosso amor para não te ver fugir.
Não amor não fujas, porque eu canto o teu rosto que sinto suave colado ao meu porque eu deixo pintar o segredo que a nossa Lua escondeu.
Canto ao Mundo este amor profundo,
Canto em silêncio este amor ao Mundo.
Deixo os teus olhos serem testemunhas da minha boca, Deixo o teu respirar ser o meu arfar. Por isso te canto, por ti suspiro, por isso te quero, por ti eu sinto, por isso te escrevo, porque te pinto, por isso aprendo, para isso sofro, por isso choro porque te observo, por isso te adoro, por isso fecho os olhos e me deixo ser só para ti.
Canto de ti para ti e sobre ti.
Canto para te fazer feliz, canto para te despertar, para te acordar, para te amar porque me fazes sonhar, canto só para te dizer que me fazes feliz.
Ana Lopes
ESTA É A MINHA 400ª. POSTAGEM NESTE BLOGUE "POESIA-AVULSA".
Dancing in the rain (Dançando à chuva)
No apelo ao movimento,
compassado com a música,
no vigor de qualquer dança.
Ou no harmonioso portento,
de tornar coisa pública
o modelar duma faiança.
Ou em gestos sensuais
coreografados a preceito,
a par da melodia escolhida.
Pelos ritmos sempre iguais,
no mais valioso jeito
de uma salsa destemida.
Na nobreza do árduo tango,
numa perícia de contornos,
e na troca de subtis olhares.
Em contraste ao luso fandango
ou à valsa de belos adornos
para diferentes festejares.
Temos o samba tão tropical
ou uma qualquer bossa nova,
dançadas ao trincar duma uva.
Melodias sem ter rival,
mesmo em canto de uma trova
ou de “slow” dançado à chuva.
Sãos os corpos em ebulição,
em concursos bem diversos
pelos quais nunca competi.
Sempre ao rubro a sensação,
no ritmo destes meus versos
ou no dançar de Gene Kelly.
Chove agora neste local,
ao compasso da natureza,
e ninguém à chuva dança.
Neste imenso Portugal…
resta-nos uma única certeza:
- Esta andança já nos cansa!...
António MR Martins
compassado com a música,
no vigor de qualquer dança.
Ou no harmonioso portento,
de tornar coisa pública
o modelar duma faiança.
Ou em gestos sensuais
coreografados a preceito,
a par da melodia escolhida.
Pelos ritmos sempre iguais,
no mais valioso jeito
de uma salsa destemida.
Na nobreza do árduo tango,
numa perícia de contornos,
e na troca de subtis olhares.
Em contraste ao luso fandango
ou à valsa de belos adornos
para diferentes festejares.
Temos o samba tão tropical
ou uma qualquer bossa nova,
dançadas ao trincar duma uva.
Melodias sem ter rival,
mesmo em canto de uma trova
ou de “slow” dançado à chuva.
Sãos os corpos em ebulição,
em concursos bem diversos
pelos quais nunca competi.
Sempre ao rubro a sensação,
no ritmo destes meus versos
ou no dançar de Gene Kelly.
Chove agora neste local,
ao compasso da natureza,
e ninguém à chuva dança.
Neste imenso Portugal…
resta-nos uma única certeza:
- Esta andança já nos cansa!...
António MR Martins
"Dança da Chuva", foto de Italo Setti, da Galeria Pública "Gentes e Locais", in http://olhares.aeiou.pt/danca_da_chuva_foto636152.html (na net)
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
No teu olhar
No teu olhar descubro-me
E desnudo-me mais
A cada novo dia,
Como se nascesse de novo
E me guiasse apenas
Pela suavidade dos gestos
Que colocas em cada carícia.
Deixo-me ir,
Abraçando apenas o futuro,
E esquecendo
As pedras pontiagudas
Que pisei, descuidada.
Envolvo-me nas palavras
E bebo dos teus lábios
Doces, mágicos,
E grito sem medos
Amo-te!
Vera Sousa Silva
in livro " Amar-te em Silêncio", edições Edium Editores
E desnudo-me mais
A cada novo dia,
Como se nascesse de novo
E me guiasse apenas
Pela suavidade dos gestos
Que colocas em cada carícia.
Deixo-me ir,
Abraçando apenas o futuro,
E esquecendo
As pedras pontiagudas
Que pisei, descuidada.
Envolvo-me nas palavras
E bebo dos teus lábios
Doces, mágicos,
E grito sem medos
Amo-te!
Vera Sousa Silva
in livro " Amar-te em Silêncio", edições Edium Editores
Lealdade não é a verdade
Conheço os meandros da história
Com que ousas ludibriar meus intentos
Numa sofreguidão continuada
Conheço os pressupostos da mesma
Pelas causas mais disformes e perplexas
Mas que jamais esquecerei
Conheço as memórias lembradas
Que de num continuar consecutivo
Me assolam o recôndito lugar da mente
Sei da maneira ilusória
E dos gestos assaz violentos
Tentados no sentido de me levar à cilada
Sei dessas folhas em resma
Onde os veredictos estão em outras anexas
Contra as quais sempre me preparei
Sei das palavras exultadas
Depois escritas em papel no esquecido arquivo
Pelo seu conteúdo sobremaneira repelente
Assumindo a verticalidade
Num acto tão concludente
É fortalecer qualquer verdade
Pelo que ela tem de evidente
Discernindo-a da lealdade
De força bem convincente
António MR Martins
imagem in http://www.embuscadaverdade.blogger.com.br/ (na net) (topo de blogue)
Com que ousas ludibriar meus intentos
Numa sofreguidão continuada
Conheço os pressupostos da mesma
Pelas causas mais disformes e perplexas
Mas que jamais esquecerei
Conheço as memórias lembradas
Que de num continuar consecutivo
Me assolam o recôndito lugar da mente
Sei da maneira ilusória
E dos gestos assaz violentos
Tentados no sentido de me levar à cilada
Sei dessas folhas em resma
Onde os veredictos estão em outras anexas
Contra as quais sempre me preparei
Sei das palavras exultadas
Depois escritas em papel no esquecido arquivo
Pelo seu conteúdo sobremaneira repelente
Assumindo a verticalidade
Num acto tão concludente
É fortalecer qualquer verdade
Pelo que ela tem de evidente
Discernindo-a da lealdade
De força bem convincente
António MR Martins
imagem in http://www.embuscadaverdade.blogger.com.br/ (na net) (topo de blogue)
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Amigo
Guardo-te no coração
Mesmo longe, sei que estás aqui
Sabes bem tudo o que sinto
Sentes sempre tudo o que sei
Porque ambos sabemos
Que haja o que houver
Nada ou ninguém
Nos pode separar!
Ana Casanova
in livro "Dialectos da Memória", edições Temas Originais
Mesmo longe, sei que estás aqui
Sabes bem tudo o que sinto
Sentes sempre tudo o que sei
Porque ambos sabemos
Que haja o que houver
Nada ou ninguém
Nos pode separar!
Ana Casanova
in livro "Dialectos da Memória", edições Temas Originais
O nascimento
Essa chama
Que é luz
Sublime
Essa luminosidade
Que traduz
Esperança
Veio
Da segurança
E da plenitude
Coerência
Proeminência
Perseverança
Bonança
Esse vigor
Manutenção
E esperança
Ser nado
Valência
Potência
O farol
Da felicidade
E da vivência
António MR Martins
Que é luz
Sublime
Essa luminosidade
Que traduz
Esperança
Veio
Da segurança
E da plenitude
Coerência
Proeminência
Perseverança
Bonança
Esse vigor
Manutenção
E esperança
Ser nado
Valência
Potência
O farol
Da felicidade
E da vivência
António MR Martins
terça-feira, 5 de outubro de 2010
XV
Metamorfose do Corpo
Que alucinado viaja na mente do poema
Do corpo do poema linfático
Que desagua na foz
Metamorfose do leito
Derramado, puro e casto, dos vendavais
Que expõem os dúbios caminhos da certeza
O Corpo faz-se no tempo
Enquanto o poema se confirma no gesto.
Eduardo Montepuez
in livro "Metamorfose do corpo", edições Temas Originais
Que alucinado viaja na mente do poema
Do corpo do poema linfático
Que desagua na foz
Metamorfose do leito
Derramado, puro e casto, dos vendavais
Que expõem os dúbios caminhos da certeza
O Corpo faz-se no tempo
Enquanto o poema se confirma no gesto.
Eduardo Montepuez
in livro "Metamorfose do corpo", edições Temas Originais
A mais bela melodia
Cedo me afoitei pelo descobrir
dos sons de um canto inacabado;
onde belos timbres dão o sentir
de um resplandecer iluminado.
Notas supremas e interiorizadas
pela memória do ocultar sem fim;
no êxtase de músicas encantadas
que ofuscam qualquer estado ruim.
Se apressam os tocadores vários
em empatia com seus instrumentos
e exteriorizam a melodia prometida.
Os cantores sendo então solidários
aprumam as vozes por momentos
cantando na sua voz mais sentida.
António MR Martins
imagem in http://sotaopt.wordpress.com/2007/02/06/ (na net)
dos sons de um canto inacabado;
onde belos timbres dão o sentir
de um resplandecer iluminado.
Notas supremas e interiorizadas
pela memória do ocultar sem fim;
no êxtase de músicas encantadas
que ofuscam qualquer estado ruim.
Se apressam os tocadores vários
em empatia com seus instrumentos
e exteriorizam a melodia prometida.
Os cantores sendo então solidários
aprumam as vozes por momentos
cantando na sua voz mais sentida.
António MR Martins
imagem in http://sotaopt.wordpress.com/2007/02/06/ (na net)
domingo, 3 de outubro de 2010
BREVE E LEVE
Desnuda-me este Desejo
Veste-me o corpo de Ti
Sacia-me a sede do Beijo
Agora, já e aqui!
Enleia-me no teu veludo
Numa Valsa de jasmim
O teu amor é o meu Tudo
Teu olhar o meu Jardim
Breve e leve é o verso
Que canta o coração
Nas entrelinhas o Universo
De Amor, Ternura e Paixão
Montijo, 3 de Outubro de 2010
Sandra Nóbrega
Veste-me o corpo de Ti
Sacia-me a sede do Beijo
Agora, já e aqui!
Enleia-me no teu veludo
Numa Valsa de jasmim
O teu amor é o meu Tudo
Teu olhar o meu Jardim
Breve e leve é o verso
Que canta o coração
Nas entrelinhas o Universo
De Amor, Ternura e Paixão
Montijo, 3 de Outubro de 2010
Sandra Nóbrega
O tempo
Dura
Perdura
Passa
Ultrapassa
Súbito
Duradouro
Contado
Desvendado
Arquivado
Implorado
Horário
Usuário
Nasce
Morre
António MR Martins
foto in Lushprix Imagens - RF Royalty Free (na net)
Perdura
Passa
Ultrapassa
Súbito
Duradouro
Contado
Desvendado
Arquivado
Implorado
Horário
Usuário
Nasce
Morre
António MR Martins
foto in Lushprix Imagens - RF Royalty Free (na net)
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