A MENDIGA
Me entristeceu,
Aquela linda rapariga
Que hoje vi, feita mendiga
Pedindo esmola em plena rua.
Tão jovem, talvez pura...
Teve sonhos, certamente
E agora sua vida é tão nua!
O que aconteceu à sorte sua
Que à lama foi arremessada,
E sem saber, tão malfadada ?
A sua luz agora é um deserto,
A cama, o canto escuro que estiver mais perto,
O único calor que recebe, é o da lua...
Na vida não terá nada mais certo,
Senão a negra sina,
Cuja dôr não se atenua !
Lita Lisboa
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