sábado, 24 de dezembro de 2011

Amo-te nesses recantos de luz e sombra


Semeio as palavras ainda vivas
Nos oásis do meu pensamento
Sempre prenhe de fertilidade.
Colho os frutos dos símbolos e dos signos
Onde se reúnem todas as metáforas,
Os espelhos que reflectem os labirintos
Por dentro, mesmo quando não há saída
Possível que seja visível.
Amo-te nesses recantos de luz e sombra
Invadindo os confins do Universo
Onde o Amor é livre. Aí, não o temo.
Recolho-o em todas as suas extensões
E formas. Entro num estado pleno, o da graça
De um amor perene. Já não fujo nem de mim,
Nem de ti; nem da vida, nem da morte.
Cheguei à eternidade e assim te amo
Na plena ausência de todos os limites.

Isabel Rosete

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