sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

quando as flores murcham


Rasga-se o pano. escondidas as minas
encontram-se, agora, a céu aberto.
desdobra-se a vida em multiplas vidas,
e do campo minado crescem flores...
...murchas
como dias cinzentos tentando que o sol
lhes devolva a clorofila. inutilidade!
murchas...Impunidade é palavra inexistente.
exangues como as estações estão corpos
que percorrem caminhos inóspitos.
devolvem-se à vida os resistentes...
...mutilados esperam.
a resiliência nunca será dos fracos
mas dos que apunhalados continuam, apesar...

Teresa Brinco Oliveira

1 comentário:

Helen De Rose disse...

Lindo poema da Teresa. Contém uma mensagem reflexiva, transformadora, diria até: alquímica.

Agradeço por compartilhar, António.

Ótimo dia!

Helen De Rose.