MEDO
É saber e não dizer,
É caminho de ida sem volta,
Árvore tosca sem raízes.
São crianças de sorrisos infelizes
Homens que não gritaram a sua revolta
Escrever sem saber ler.
Medo
É
ter um dia conhecido a coragem,Amar porque uma vez se odiou,
Fechar os olhos à realidade.
É dizer sim quando é não de verdade
Calar uma palavra que se roubou,
Dizer que o amanhã é miragem.
Medo
É
estar vivo,Morrer um pouco aqui, outro ali
Olhar em redor e ver… nada.
É sentir esta vida parada
Esquecer de me lembrar de ti,
É não saber para que sirvo.
Fernando Saiote, in “Pedras Soltas”, página 10, edições Edium Editores,
Novembro de 2008.
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