quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sem paralelo


Imagem da net, em: www.vibedoamor.com


Há uma lágrima voadora
que agita os condimentos
de tantos sentires,
numa indefinida interiorização
de imensa ternura.

As molduras da existência
são traços turvos sem reflexo
perante tamanha emoção.

Não sabia que sorrias,
menino doce.
Não sabia que falavas
e expressavas teus sentimentos.
Não sabia que me olhavas,
atentamente,
como se o mundo fosse esse pleno
trocar de olhares,
puro e verdadeiro.

E sorriste-te para mim,
uma e outra vez mais,
correndo lesto, em seguida,
para junto da minha pessoa.

Ladeaste-me
e colocaste-te à minha frente,
olhando-me olhos nos olhos.

Deste-me, carinhosamente, um abraço
e apertaste-me com toda a tua força.

Eu retribui-te esse abraço
e esbocei um leve beicinho,
um tremelicado movimento na face,
enquanto uma gota salgada
caía
do canto de um dos meus olhos…

Era uma lágrima de alegria!...

 
António MR Martins

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