Imagem da net, em: www.blogdoamaldinho.blogspot.com
soam nas esquinas dos prédios
pelas rachas de suas paredes
que se perdem no tempo
e
entre as portas de todas as saídas
ecoam
nos penhascos do mundo
e
nos vales das terras prometidasno mais longínquo horizonte
invadindo os tempos de tanta espera
num constante ruído
prenhe de tamanha surdez
as
vozes extravasam
os
espaços demarcadosnuma sonoridade
que potencia denegridos enredos
com a faculdade
de nos atormentar o íntimo
ante tanto desesperante silêncio
António MR Martins
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