sexta-feira, 15 de julho de 2011
A vila na nostalgia nocturna
Os candeeiros acesos
Acalmam o anoitecer da vila
As ruas desertificam-se
O silêncio é ainda mais intenso
Ouve-se a tosse dos sentidos
E o rosnar dum cão que pára à minha porta
Dá-se o regresso ao local de partida
Na jorna de cada dia repetida
No hoje amanhã e depois
Os locais continuam ilesos
Numa casa grita um miúdo reguila
E os jantares intensificam-se
À vila volta o bom senso
No comum dos sensos perdidos
De uma terra que fica morta
De quando em vez uma alma perdida
Procura a sua habitual saída
Para o caminho dos seus lençóis
Amanhã um novo dia começa
Retorna a agitação paralela
Construindo assim a peça
Que faz esta vila ser bela
António MR Martins
foto por ASimões, Ansião, 16 de Agosto de 2008.
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