Os
lábios se descolam dos seus
De
uma forma tão deliranteOs dele tornam a colar aos seus
Quando já lhes diziam adeus
Perante desejo palpitante
Assim
se encostam os narizes
Entre
as ondas da sofreguidãoRevigorando pelas raízes
Sonho colorido de matizes
Empolgadas pelo coração
Adiante
gestos de afeição
No
abraçar sem quaisquer limitesLufadas de plena imensidão
Sem se questionar por contenção
Por onde salpicam apetites
Envoltos
de alegria e dor
Apetrechos
da massa humanaExultando ao máximo valor
A que damos o nome de amor
Ante rubor que dela emana
Revolvem-se
os plenos sentidos
Naquele
cenário de afagosEntre os corpos tão perdidos
Não escutando outros pruridos
Senão os seus arfares tão vagos
Culmina
o sensual enredo
Perante
as estrelas cadentesQue germinam de tamanho medo
Escondido no rico vinhedo
Nos resquícios adjacentes
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