Na imperfeição que me rege
Quero-te
Com a clarividência dos deuses
Com a suavidade das almas
Que sobrevoam às vezes
Estas planícies do sul
O meu vício és tu
Meu aconchego na noite
Meu alimento e jejum
Só peço a deus que pernoite
Esta presença constante
E que a certeza se afoite
A ir sempre mais longe
Num desbravar paralelo
O meu vício és tu
Que seja sempre singelo
Este aspirar igualável
Aos grandes lagos do sul
Minha firmeza imutável
Quero-te
Com este crer que elege
O teu abraço apertado
O manto que protege
O meu corpo cansado.
Antónia Ruivo
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