Desceu da montanha a nuvemde poeira
com cheiro a pólvora queimada
Abriram-se poços de silêncios
angustiados
No terror das balas perdidas
e nos gritos
de medo e dor,
a fome
a míngua
a lágrima
o pão mal repartido por mil bocas
famintas
Busca-se o amor
que aos poucos também se extingue…
Já não há flores nem auréolas
de luz…
apenas o dissabor de ver
extintas
místicas aspirações
Alvaro Giesta
in "há o silêncio em volta" (para breve), edições Vieira da Silva
2 comentários:
Grato, amigo, pelo teu incansável apoio. nós, os poetas, sempre irmanados pelo mesmo sentir. abraço
Abraço, Alvaro. Tudo a correr bem.
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