A noite condensa-seSobre a minha pele.
Entra, gota a gota,
Pelas veias adentro.
...
Borboletas noturnas
Oferecem as asas,
Sem vento,
Às velas dos moinhos.
A meia-lua navega no rio
De águas paradas,
À mistura com cisnes
E destroços de poemas.
O gume do machado
Ainda cheira ao sândalo
Do teu corpo de névoa.
A lava de um vulcão
Acende o horizonte,
Incendeia-me de desejo.
Os profetas dos dias
Costumam beber dessa luz
No chão, ferido pelo fogo…
Lurdes Breda
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