segunda-feira, 11 de março de 2013

Mútua sentença

 

Quando me ausento da tua presença,
em efémeros pedaços da vida;
cedo vislumbro a rude sentença
de todo em todo, algo, sofrida.

Logo me restauro no permanecer
incendiado em chamas de muita cor,
no reencontro dum contínuo viver
fortificado em edificante amor.

Despoletam-se sensações vibrantes
entre o anoitecer e o novo clarear,
em ciclos de festejos inebriantes.

Refluxos de líquidos por salivar…
manjar de corpos dos eternos amantes
na sede premente de tanto se amar.

 
António MR Martins

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