em que o abraço do afecto
surge com empenho e saliência.
Se regalem
por toda a ajuda premente,
onde um abraço maior
é dado de igual forma a toda a gente.
Se regalem
pela simples palavra amizade,
em que o abraço concreto
tonifica qualquer felicidade.
Se regalem
num olhar sensual e terno,
onde o abraço do amor
nos aquece em pleno inverno.
Se regalem
pelo vazio discurso airoso
de quem manda calar o vento
num modo assaz melindroso.
Se regalem
num hino de fraternidade,
onde uma mão nos acolhe
em gesto idêntico à liberdade.
Se regalem
desta e daquela maneira,
com o rir a pleno gosto
pela (im)precisão de toda a asneira.
Se regalem
mas não emprenhem pelos ouvidos.
António MR Martins
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