segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O esfumar dos sentidos


Imagem da net, em: www.orm.com.br


Pousam as bactérias dormentes
nas vestes duma terra em flor,
avistando as abelhas,
borboletas e todos os seres esvoaçantes,
que as vão transportar…
soltando-as
noutros caminhos e noutros poisios.

As aves observam a contenda
chilreando sua alegria,
pelo futuro gosto de cada sedução
ou na eficácia de um produtivo alimento,
que se lhes predispõe…
sem possibilidade de qualquer fuga inventada.

E então
a bicada tem-se como eficaz e libertadora.

Noutro lugar qualquer,
sem sujeição e arbítrio,
onde as medusas ensaiam cânticos,
outrora estagnados,
as respostas tardam em acontecer
e o prurido reduz-se à insignificância.

Restam os sonegares solenes
onde se segreda o silêncio das pedras
a cada amanhecer sem claridade.

 
António MR Martins

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