quarta-feira, 14 de julho de 2010

Olhei o horizonte vadio...


Olhei o horizonte vadio
Falésia perdida, mar ébrio
E procurei a mensagem algures
Tesouro encarte na folha da areia
Amálgama desejo, ensejo e coragem
Dos tempos que se consomem
Sem luar prata...
Lambido pelas ondas frescas assimétricas
Bafejou-me o alvoroço das gaivotas
No baile aplauso em voo desordenado
Pelo meu desvario feliz
De segredos gritados e murmúrios soletrados
No canto primeiro do verbo presente...
Tal o enleio...
Que me esqueci da noite...
E adormeci na manhã...

José Luís Outono

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