33 - Jorge Vicente
lá longe, uma cidade de
barro
é apenas uma outra
cidade –
cidade sem portas e
janelas,
postigos de madeira que
desalmam
a carícia dos homens
sem corpo.
nada vive nos homens
que não
seja escrito pelo
cordão matricial
da carne – a vida é
apenas o
ajuntamento dos
pássaros na cidade
branca, com homens de
barro a dormir
e a jurar solenemente
pelo deus das
flores.
o teu sorriso é todo o
meu alentejo
e a tua voz de barro é
apenas minha
- a saliva de pele a
crescer no
trabalho ancestral do
oleiro.
Jorge Vicente
1 comentário:
Ah, meu amigo!!!
Tão emocionado pela tua lembrança!!
Muito obrigado!
Jorge
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