sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Velhotes…






46 - António Boavida Pinheiro






 
 
Olho em redor, e que vejo eu?
Todos querem ser o centro do mundo,
sem dar aos outros um pouco do seu
amor e calor humano profundo.

Na voragem do tempo que se deu,
com orgulho para quererem tudo,
sem darem conta que algo aconteceu.
…desespero com dedos de veludo!

Sem que nos quedemos, estaremos sós,
mesmo que tenhamos estatuto de avós,
todos julgarão estar ultrapassado…

Como tal nos esquecerão num canto,
sofrendo de tudo, de tal…, de tanto,
apesar de termos, saber consumado…

 
António Boavida Pinheiro

in livro “ Poemas ao correr da pena…”, página 78, edições Temas Originais, Coimbra, 2010.
 
 

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